O projeto apresenta importante relevância, tendo em vista que a Hanseníase traduz-se em uma doença que possui características estigmatizantes. Ainda que tenha tratamento, frequentemente é negligenciada, afetando parte da população , especialmente as classes menos favorecidas. Segundo a professora Mariângela Biaconcini Trindade da Faculdade de Medicina da USP é cada vez mais importante que sejam feitas buscas ativas para detectar novos casos. A professora alerta que a doença apresenta muitas vezes um diagnóstico tardio, o que pode levar ao agravamento da doença (USP, 2020).
Se a questão da negligência da doença já é uma questão a ser debatida, quando se trata dos direitos das pessoas portadoras da doença isso se agrava ainda mais. Teixeira (2017) alerta que os direitos existem, há regulamentação, previsão legal. Porém, pacientes e profissionais da saúde têm pouco conhecimento sobre o assunto.
Recentes pesquisas mostram o distanciamento que os pacientes ainda possuem em relação ao conhecimento dos seus direitos. Dados demonstram que mais de 90% das pessoas atingidas pela Hanseníase não conhecem seus direitos. Além disso, quando pesquisado em relação aos profissionais que trabalham diretamente com a doença, 54,85% também desconhecem os direitos dos pacientes (TEIXEIRA, 2017).
Levando em consideração as dificuldades de acesso à garantia dos direitos dos portadores de Hanseníase, fica evidente a necessidade da aproximação da população com o contato sobre informações da doença, assim como o conhecimento sobre os direitos. Nesse sentido o projeto tem como objetivo informar a população a respeito da existência desses direitos, através da confecção de banners que estarão sendo confeccionados pelo acadêmico e professor, confecção e entrega de flyers com os principais direitos dos portadores de hanseníase. Para avaliação da eficácia da metodologia e informações apresentadas, será aplicado, de maneira randômica e sem interferência direta dos pesquisadores, um questionário simples, com respostas objetivas, a ser entregue à população usuária das unidades de saúde, medindo o conhecimento a respeito do tema, antes e depois da disponibilização das informações através dos banners e flyers. Além disso, acadêmico e professor disponibilizarão vídeos que serão executados nos televisores das unidades de saúde e vigilância epidemiológica.